quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Risk Based Thinking para Todos

Para que o pensamento baseado no risco seja consolidado na Empresa, permitindo estabelecer uma cultura proativa de prevenção e melhoria, é necessário envolver os colaboradores. Todos os colaboradores.
 
É importante sensibilizar as pessoas para a existência de riscos associados a toda e qualquer atividade desenvolvida. Assim, a melhor alternativa será tornar a prevenção um hábito!

Promover o pensamento baseado no risco em toda a Organização tem inúmeras vantagens, tais como integrar a ação preventiva no planeamento estratégico e considerar os riscos na abordagem por processos.
 
Para fomentar a identificação e a consciência sobre os riscos operacionais, nada melhor do que um Jogo Pedagógico; divertido e eficaz, tornou estas sessões de formação muito mais esclarecedoras. Foram 12 sessões, num total de 200 formandos, abrangendo toda a Empresa: operadores, administrativos, chefias...
 
Partilho, então, esta experiência: tudo começou com um exercício em equipas, no qual os formandos identificaram um processo e os respetivos inputs, outputs, atividades, responsabilidades, recursos e documentos associados.
 
Utilizando e adaptando o tradicional jogo Jenga, foi construída a "torre", para representar o processo.
 
 

 A "torre" construída: este é o nosso processo.


A partir daí, cada equipa iniciou a identificação das "incertezas", tendo em mente o conceito de risco, que é "o efeito da incerteza nos objetivos". Para facilitar o exercício, foi utilizada a seguinte questão, relativamente a cada atividade do processo, aos inputs e aos outputs também:

O que pode correr mal?

Este brainstorming resultou numa lista de situações, potenciais eventos, que podem acontecer, que podem não acontecer, potenciais não conformidades,...

Solicitei que as equipas debatessem cada risco, decidindo sobre a sua importância e impacto. Para os riscos considerados "menores" ou "pouco importantes", deveria ser retirado do jogo Jenga, um bloco correspondente, nas fileiras de cima (muito fácil, a torre não vai desmoronar!).







 
Para os riscos considerados "médios", deveria ser retirado um bloco do jogo Jenga, nas fileiras centrais e, para os riscos "muito grandes" ou "muito importantes", o bloquinho a retirar deveria ser das fileiras de baixo. A dificuldade aumentava e a estabilidade da torre ficava comprometida... O processo começa a ficar fragilizado!
 






A experiência de decidir sobre a importância e impacto dos riscos e retirar os bloquinhos correspondentes da torre, serviu para ilustrar os outros fatores que integram o conceito de risco: probabilidade e gravidade das consequências. Assim, a abordagem ficou completa:
 
1. O que pode correr mal?
2. Qual é a probabilidade disto acontecer?
3. E se correr mesmo mal, qual será a gravidade das consequências?
 
A partir destas questões orientadoras, foi efetuada pelas equipas, a análise qualitativa de cada risco: as causas, a probabilidade, os efeitos, a gravidade das consequências.
 
Tendo sempre em mente os processos, foram estas as conclusões da sessão:
 
  • Poucos, mas "grandes" riscos (probabilidade e gravidade altas), resultado de muitos blocos terem sido removidos da base do jogo, fazendo desmoronar a torre:

· Temos tantos “grandes” riscos, o processo pode não ser eficiente/eficaz?

· O que está a causar tantos riscos “grandes”?

· Como podemos dar resposta a esta situação para reduzir o perfil de riscos do processo?

  •  Muitos riscos menores acumulados, fizeram a torre desmoronar:

· Temos tantos "pequenos riscos", que podem fazer com que o processo fique fragilizado e não consiga alcançar os resultados pretendidos?


  • Se a torre ainda permanece de pé após o jogo:

· Temos só riscos residuais?

· Podemos melhorar o processo, inovar, acrescentar mais valor?
 
 
Bem, posso dizer que a utilização deste jogo pedagógico animou as sessões e foi determinante para a concretização dos objetivos da formação.
 
 
 
Happy risks,
I Love Mondays
 
 
 
Jogo Pedagógico utilizando o tradicional jogo Jenga (composto de 54 blocos de madeira) e adaptado por mim, a partir do jogo "The Risk is in the Blocks!", publicado no site TastyCupcakes.
 




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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Project Update #19



Por aqui, os 2 últimos dias foram passados num curso; momento para aprender, estudar, partilhar.






São estes os desafios diários que alimentam a minha paixão pela Qualidade.


Happy passion,
I Love Mondays



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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

We are Back!

Sim, estive de férias. Sim, o blog também esteve de férias. Sim, estamos de volta!
 
Para iniciar as publicações de back to work, partilho com os leitores os meus estudos e pesquisas de inverno (sim, em Portugal estamos em pleno inverno). Acredito que muita gente, como eu, está a explorar a norma ISO 9001:2015 e a implementar os seus novos desafios; o pensamento baseado no risco é um deles.



 
Norma NP EN ISO 9001:2015, 0.3.3 Pensamento baseado em risco: ..."Risco é o efeito da incerteza e qualquer incerteza pode ter efeitos positivos ou negativos."
 
A norma não possui um requisito sobre a gestão do risco, não sendo exigida a implementação da ISO 31000 nem de qualquer outra metodologia/técnica para a gestão do risco. Como já foi discutido inúmeras vezes aqui no blog, é a Organização que define a abordagem a utilizar, mais ou menos formal, de acordo com o seu contexto, processos e riscos envolvidos.
 
De qualquer maneira, mesmo na informalidade, é necessária uma certa sistematização de conceitos e métodos e, até para a própria Organização, é importante consolidar o pensamento baseado no risco utilizando alguns fundamentos teóricos, mas simples, claros, adequados e suportados por referências bibliográficas credíveis.
 
Também considero importante fazer uma leitura e uma interpretação transversais da norma; as cláusulas interligam-se em diversos momentos e é necessário dominar bem o conteúdo da norma para conseguir fazer estas interligações. Ler, estudar, explorar, ler novamente, explorar mais... bem, já deu para perceber o que nos espera nos próximos tempos.
 
Na minha opinião, para realmente obter valor acrescentado da ISO 9001:2015, devem ser tidos em conta três pilares fundamentais e facilitadores de todo o SGQ:
  • pensamento baseado no risco;
  • gestão da mudança;
  • gestão do conhecimento...
... e aí está um belo exemplo destas interligações.
 
Depois de estabelecido o contexto da Organização e, tendo sempre presentes:
  • as necessidades e expetativas das partes interessadas, através de comunicação e consulta (interligação novamente! veja 7.4 Comunicação);
  • a monitorização e revisão, como partes integrantes do processo de gestão do risco,
podemos definir as etapas de gestão do risco. Mesmo com abordagem informal, qualitativa, é mais fácil implementar na prática e promover o pensamento baseado no risco para todos os colaboradores, estruturando estas quatro etapas:
 
1. Identificação do risco;
2. Análise do risco;
3. Avaliação do risco;
4. Tratamento do risco.
 
Para lançar luz sobre o tema, escolhi este excelente vídeo, que nos mostra 5 técnicas de análise de risco e, ainda, 2 dicas infalíveis!
 
 
 

Mais posts sobre o pensamento baseado no risco serão publicados brevemente, aguardem.



Happy risks,
I Love Mondays


Referências bibliográficas: NP EN ISO 9001:2015; ISO 9000:2015; ISO 31000; ISO/IEC 31010.



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